Maputo — A tensão dentro da RENAMO voltou a ganhar destaque com novas declarações de Elias Dhlakama, irmão do falecido Afonso Dhlakama. O dirigente acusa o presidente do partido, Ossufo Momade, de estar por detrás de perseguições e ameaças que, segundo ele, já duram vários anos.
Rivalidade dentro do partido
Elias sustenta que a origem do conflito está no receio de Ossufo Momade perder espaço político. “A minha presença no partido é vista como ameaça, e por isso sou alvo de ataques constantes”, afirmou.
Tentativas de silenciamento
De acordo com o político, houve momentos em que a sua vida esteve em risco. Ele relata que, durante o período em que servia nas Forças Armadas, surgiram movimentações para o intimidar e até para o eliminar fisicamente. Acrescenta ainda que o seu próprio pai chegou a ser visado em Nampula, num episódio que associa a simpatizantes ligados à atual liderança.
Histórico de disputas pela liderança
Elias Dhlakama já tentou ocupar a presidência da RENAMO em duas ocasiões, ficando em ambas no segundo lugar. Para ele, esse histórico basta para explicar o desconforto de Ossufo Momade em relação à sua popularidade junto de alguns militantes.
Impacto na oposição
Analistas consideram que estas divisões internas colocam em risco a estabilidade da RENAMO, num momento em que o partido precisa reforçar a sua posição como principal força da oposição em Moçambique. A falta de consenso entre dirigentes pode fragilizar a capacidade de mobilização política.
Rejeição de conspiração
Apesar das acusações que circulam, Elias nega estar envolvido em planos de derrubar Momade com apoio de antigos guerrilheiros. “Não existe nenhuma conspiração. Apenas uma campanha de perseguição contra mim”, garantiu.
Momade em silêncio
Até agora, Ossufo Momade não respondeu publicamente às acusações, mantendo-se em silêncio sobre a polémica que reacende o debate interno na RENAMO.
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