Terroristas em fuga: Comandante do Exército garante controlo militar em Cabo Delgado

O recém-empossado Comandante do Ramo do Exército, Major-General André Rafael Mahunguane, assegurou que os terroristas que actuam na província de Cabo Delgado encontram-se em fuga e dispersos, resultado direto das operações das Forças de Defesa e Segurança (FDS).

Terroristas em fuga: Comandante do Exército garante controlo militar em Cabo Delgado

A declaração foi feita na última terça-feira (28), em Maputo, momentos após a sua tomada de posse, numa cerimónia presidida pelo Presidente da República e Comandante em Chefe das FDS, Daniel Chapo.

Mahunguane destacou que a situação no norte do país está sob controlo, com os terroristas a procurarem refúgio noutros locais devido à perseguição contínua pelas forças governamentais.

“Mesmo essa movimentação dos terroristas, se formos a ver, é uma fuga. Estão a ser perseguidos pelas Forças de Defesa e Segurança e, por essa razão, procuram outros espaços, outro tipo de vida”, afirmou.

O novo Comandante sublinhou, no entanto, que o terrorismo é um fenómeno internacional e de longa duração, que exige esforços coordenados a nível regional.

 “Não se pode assumir que se combate hoje e amanhã tudo termina. Hoje os terroristas estão aqui, amanhã podem estar noutro ponto. É uma tarefa contínua que exige união entre as forças de defesa da região”, frisou.

Mahunguane garantiu que estão em curso preparativos para enviar mais homens e meios ao Teatro Operacional Norte (TON), em articulação com o Estado-Maior General das Forças Armadas.

Estamos a preparar homens e meios e, brevemente, mais forças estarão no terreno”, garantiu.

A sua nomeação insere-se no contexto de renovação da liderança militar, num momento em que o país continua fortemente empenhado no combate ao terrorismo em Cabo Delgado, que já causou milhares de vítimas e deslocados desde 2017.

De acordo com dados oficiais, mais de 34 mil pessoas foram forçadas a abandonar as suas casas apenas entre 20 e 25 de Julho, em virtude de novos ataques insurgentes nos distritos de Chiúre, Ancuabe e Muidumbe.

Só em Junho, a violência resultou na morte de 27 civis e no rapto de 47 pessoas, principalmente nos distritos de Macomia, Muidumbe e Meluco.

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