Luanda, 1 de agosto de 2025 – O Presidente da República de Angola, João Lourenço, pronunciou-se esta sexta-feira sobre os violentos incidentes que marcaram a recente greve dos taxistas, com epicentro em Luanda e repercussões em províncias como Malange e Huambo.
O protesto, inicialmente convocado para exigir melhores condições laborais no setor dos transportes, rapidamente evoluiu para episódios de violência, saques e destruição de bens públicos e privados. O saldo preliminar inclui várias vítimas mortais, dezenas de feridos e consideráveis prejuízos materiais, aumentando a tensão social no país e atraindo atenção internacional.
Na sua declaração oficial, o chefe de Estado apontou "inimigos internos e externos" como responsáveis por instrumentalizar as redes sociais para fomentar o caos. “Quem os orquestrou saiu derrotado”, afirmou, classificando as ações como crimes graves contra o Estado angolano.
João Lourenço anunciou ainda que, a partir de segunda-feira, 4 de agosto, o governo irá implementar um pacote de medidas de mitigação. As iniciativas visam apoiar comerciantes afetados, travar o aumento do desemprego e restaurar a ordem pública.
O presidente expressou também solidariedade para com as famílias das vítimas, deixando votos de pesar e apelando à união nacional para a reconstrução social e estabilidade do país.
Apesar de não terem sido divulgados detalhes sobre as medidas concretas, o governo promete agir perante uma semana marcada por profunda instabilidade e perdas humanas e económicas ainda em fase de apuramento.