Dados da Avaliação Pós-Choques 2025 revelam um cenário alarmante de insegurança alimentar e desnutrição em todo o país.
Moçambique enfrenta uma grave crise humanitária, com aproximadamente 148 mil pessoas vivendo em 66 distritos em situação de emergência alimentar e nutricional. A informação consta na Avaliação Pós-Choques 2025, apresentada esta quarta-feira (23) em Maputo.
O relatório destaca que esses distritos foram avaliados quanto à segurança alimentar e nutricional, revelando que milhares de famílias encontram-se em condições críticas, dependendo de apoio humanitário urgente para sobreviver. Entre os principais fatores apontados estão os choques climáticos (seca, inundações e ciclones), a instabilidade socioeconômica e a degradação das colheitas agrícolas.
“Estamos perante uma emergência nacional. Essas populações não têm alimentos suficientes, e muitas delas enfrentam desnutrição grave”, alertou um técnico ligado à coordenação do relatório.
Números que preocupam: 148 mil pessoas em situação de emergência alimentar;
Distritos: 66 distritos com níveis críticos de insegurança alimentar;
Crianças, mulheres grávidas e idosos são os grupos mais vulneráveis.
Os dados reforçam a urgência de mobilização de recursos por parte do governo, parceiros internacionais, ONGs e organizações comunitárias. A falta de acesso regular à alimentação está a colocar em risco a saúde e a dignidade de milhares de cidadãos moçambicanos.
Recomendações
Entre as medidas urgentes sugeridas no relatório estão:
- Distribuição imediata de alimentos e suplementos nutricionais;
- Acesso a água potável e saneamento básico;
- Apoio agrícola de emergência para as famílias afetadas;
- Programas de transferência monetária e reabilitação de infraestruturas.
Famílias aguardam assistência humanitária em um dos 66 distritos afetados pela crise alimentar em Moçambique.
Conclusão e Apelo
A avaliação Pós-Choques 2025 lança um apelo claro: o tempo de agir é agora. Com milhares de vidas em risco, a resposta humanitária precisa ser rápida, coordenada e eficaz, garantindo que nenhum moçambicano seja deixado para trás.